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Você conhece E.S. Posthumus.

Postado por Fabiano Ristow

Trailer é algo fascinante. Eu ia começar dizendo que se trata de um complexo trabalho de montagem. Mas não, um trailer não é uma compilação de trechos de um filme simplesmente – até porque é impressionante a quantidade de longas desinteressantes o suficiente para que suas partes, isoladamente, não suscitem nenhum impacto no espectador. Um trailer precisa de músicas, efeitos sonoros (e visuais), voiceovers, além de uma estrutura [1]. É um trabalho de criação.

Alguns trailers podem contrariar a natureza sofisticada das superproduções que representam e serem minimalistas, como o de A.I. – Inteligência Artificial [2], Dama na Água e Corpo Fechado [3], e ainda assim fervilharem nosso estômago de expectativa. Ou eles podem ser GRANDES mesmo, e aí entra E.S. Posthumus, uma banda da qual você provavelmente nunca ouviu falar [4]. Mas eu GARANTO que você a conhece.

Sua origem remonta a 2000, quando os irmãos Vonlichten, Helmut e Franz, decidiram ser musicalmente megalomaníacos. “E.S.” significa, em inglês, “Sons Experimentais”, e “Posthumus” representa as coisas passadas (ou do passado, etc), idéia ancorada nos títulos das 13 faixas do primeiro álbum, Unearthed. Eles se referem a cidades e lugares antigos: “Antissa”, da ilha Lesbos; “Tikal”, da civilização maia; “Punjab”, estado indiano; “Ulaid”, da Irlanda; e assim sucessivamente, estou com preguiça de listar.

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Debate: Fim dos Tempos

[Onde dois ou mais participantes argumentam cuidadosamente/saem na porrada sobre algum assunto que no final das contas não vai fazer diferença nenhuma no grande esquema do Universo.]

Luis Calil: Então, Fim dos Tempos. Que merda, hein? Eu me recusei a acreditar na idéia muito propagada de que o talento de M. Night Shyamalan estava em declínio, até porque eu não acho que O Sexto Sentido tenha sido o pico dele, nem que A Vila seja o primeiro sério tropeço. Pelo contrário, A Vila é o primeiro filme onde ele realmente explora o assunto com que ele está lidando de jeitos produtivos, e as reviravoltas que todo mundo reclamou têm uma ressonância temática gigantesca. Até no desastre que foi A Dama na Água eu encontrei o que apreciar (ele quase funciona se você o enxergar como um filme-B pastelão high concept dos anos 80, tipo Mulher Nota 1000).

Mas com Fim dos Tempos, não dá. Apesar dos planos ocasionalmente bem compostos – e estes apareciam com muito menos freqüência do que em qualquer outro filme do Shyamalan – o filme pareceu uma piada. É como se tivessem feito um reality show pra encontrar o cineasta novato mais capaz de imitar o estilo do Shyamalan, e o ganhador fosse responsável por esse filme. É uma versão morta, redundante e confusa do que se espera de um trabalho de Shyamalan. Parece que ele escreveu o roteiro em uma sentada, depois de uma manhã de ressaca, nem se preocupou em revisar.[1] Não é?

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Links do Dia: 09/06/08

1. “Shyamalan Defendido”: Brad Brevet escreve uma defesa levemente histérica mas bem-vinda do M. Night Shyamalan. O único problema é que ele diz que a reviravolta em A Vila não foi uma boa reviravolta. Não, vagal, foi simplesmente a reviravolta mais tematicamente relevante da carreira do pobre coitado.

[“The final argument against Night is that he is egotistical. I touched on this already this week, but it would be irresponsible to not cover all bases. Let’s say Night thinks he is the greatest director of all-time. First off, what does that hurt? How does it hurt his films? A commenter at IMDb believes Lady in the Water is to be taken literally and believes Night is trying to say “he’s the WRITER THAT WILL SAVE THE WORLD!!!” Then again, by that logic Clint Eastwood believes he is a Wild West gunslinger as well as a bad ass San Francisco cop. To that I must ask Clint to make a decision, you can’t have both.”]

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