Postado por Fabiano Ristow
Trailer é algo fascinante. Eu ia começar dizendo que se trata de um complexo trabalho de montagem. Mas não, um trailer não é uma compilação de trechos de um filme simplesmente – até porque é impressionante a quantidade de longas desinteressantes o suficiente para que suas partes, isoladamente, não suscitem nenhum impacto no espectador. Um trailer precisa de músicas, efeitos sonoros (e visuais), voiceovers, além de uma estrutura [1]. É um trabalho de criação.
Alguns trailers podem contrariar a natureza sofisticada das superproduções que representam e serem minimalistas, como o de A.I. – Inteligência Artificial [2], Dama na Água e Corpo Fechado [3], e ainda assim fervilharem nosso estômago de expectativa. Ou eles podem ser GRANDES mesmo, e aí entra E.S. Posthumus, uma banda da qual você provavelmente nunca ouviu falar [4]. Mas eu GARANTO que você a conhece.
Sua origem remonta a 2000, quando os irmãos Vonlichten, Helmut e Franz, decidiram ser musicalmente megalomaníacos. “E.S.” significa, em inglês, “Sons Experimentais”, e “Posthumus” representa as coisas passadas (ou do passado, etc), idéia ancorada nos títulos das 13 faixas do primeiro álbum, Unearthed. Eles se referem a cidades e lugares antigos: “Antissa”, da ilha Lesbos; “Tikal”, da civilização maia; “Punjab”, estado indiano; “Ulaid”, da Irlanda; e assim sucessivamente, estou com preguiça de listar.