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Dez Trailers Memoráveis da Última Década

Postado por Fabiano Ristow

A não ser que você seja uma pessoa amargurada, assistir aos trailers antes do filme começar é uma das experiências interessantes no ritual de ir ao cinema, mesmo que não seja a principal. É provável que alguns esperem que um bom e honesto trailer apresente uma pequena prévia do que será o filme. Mas aí você pega o caso de Dama na Água, por exemplo, cujo teaser indica que se trata de uma fantasia doce – quando na verdade é também um suspense/terror. Ele é então um trailer trapaceiro? O que é um trailer bom? Basicamente, eu consigo pensar em dois casos: o que termina e te deixa pensando “Eu preciso ver esse filme” e o que tem uma boa edição. É curioso como um trailer elegantemente editado é o suficiente pra me fazer crer que o filme precisa ser visto, ainda que muito comumente ele tenha sido produzido por um departamento publicitário sem nenhuma relação com o diretor e suas ideias.

Então listei os 10 trailers memoráveis dos anos 2000, pra mim, que são um caso ou o outro, ou ambos. Em ordem alfabética:

A.I. Inteligência Artificial (2001)

É o trailer que absorve toda a sua atenção imediatamente. O feixe de luz que jorra na tela escura nos primeiros segundos é tipo uma representação visual da trilha do Zbgniew Preisner, na qual uma nota aguda surge de repente de um acorde grave. A partir daí parece que você está em um plano transcendental pós-morte, as mensagens na tela falam de um menino que caminha indistinguível em direção à câmera justamente como um fantasma. Depois que você entende que é um robô, parte da letra “A” se solta e forma a sigla “A.I.” – o título -, num truque de design tão perfeito que até hoje tenho vontade de pendurar o logo desse filme na parede do meu quarto.

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Trailerama: O Roqueiro Que a Terra Conheceu

Postado por Luis Calil

Vamos ver o que os mais novos trailers têm para nos oferecer:


O Dia Em Que a Terra Parou: Eu não sei se colocar o Keanu Reeves pra interpretar um alienígena é um toque de mestre – ele é um ator incompetente demais pra fazer um ser humano convincente – ou a falha fatal – ele parece retardado demais pra fazer uma inteligência superior – e esse trailer não é o suficiente para esclarecer a dúvida. Algumas das composições são elegantes, mas o IMDB revelou que o responsável por elas é o mané que dirigiu O Exorcismo de Emily Rose, e pouco me dói mais do que ver projetos de ficção científica na mão de manés. A premissa didática (uma versão menos retardada de Fim dos Tempos), no entanto, não tem muita utilidade; se alguém vai convencer a humanidade a interromper sua destruição da natureza, não vai ser o Johnny Mnemonic, eu te garanto.

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Você conhece E.S. Posthumus.

Postado por Fabiano Ristow

Trailer é algo fascinante. Eu ia começar dizendo que se trata de um complexo trabalho de montagem. Mas não, um trailer não é uma compilação de trechos de um filme simplesmente – até porque é impressionante a quantidade de longas desinteressantes o suficiente para que suas partes, isoladamente, não suscitem nenhum impacto no espectador. Um trailer precisa de músicas, efeitos sonoros (e visuais), voiceovers, além de uma estrutura [1]. É um trabalho de criação.

Alguns trailers podem contrariar a natureza sofisticada das superproduções que representam e serem minimalistas, como o de A.I. – Inteligência Artificial [2], Dama na Água e Corpo Fechado [3], e ainda assim fervilharem nosso estômago de expectativa. Ou eles podem ser GRANDES mesmo, e aí entra E.S. Posthumus, uma banda da qual você provavelmente nunca ouviu falar [4]. Mas eu GARANTO que você a conhece.

Sua origem remonta a 2000, quando os irmãos Vonlichten, Helmut e Franz, decidiram ser musicalmente megalomaníacos. “E.S.” significa, em inglês, “Sons Experimentais”, e “Posthumus” representa as coisas passadas (ou do passado, etc), idéia ancorada nos títulos das 13 faixas do primeiro álbum, Unearthed. Eles se referem a cidades e lugares antigos: “Antissa”, da ilha Lesbos; “Tikal”, da civilização maia; “Punjab”, estado indiano; “Ulaid”, da Irlanda; e assim sucessivamente, estou com preguiça de listar.

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